Nihil*
Borra de café na xícara;
a emoção se assenta em mim.
À beira árida de minha ambição
seco a mão seca.
Não desejo e não quero
Este nada é só o meu.
Cobrem-me as pernas, braços
monte de cadáveres de mim mesmo.
Minha vida é uma posposição;
chega debaixo de mim, até que me escale,
correndo por meses,
lânguida guirlanda de cigarros.
Outrora soltei-me da pedra,
E hoje onde fica tanta água?
Sob as torturas estou secando;
leito ou rio fui eu?
*Reproduzido de http://www.candido.bpp.pr.gov.br, com tradução de Dániel Levente Pál
Timur Bék, poeta da Hungria