Incontido desejo*
Desejo da humilde liberdade!
Da liberdade de vagar pelas ruas,
sem horários e sem destino...
Liberdade de ser pobre
e de ser triste.
Liberdade de amar,
liberdade de ficar em silêncio
e de padecer minhas dores...
Ah! Ainda o incontido desejo de ser isento,
de ser eu mesmo:
tranquilo, plácido, vago,
tênue e ausente...
Na doce serenidade do desencanto...
*Reproduzido de http://www.academiadeletrasmt.com.br
Corsíndio Monteiro da Silva (1918-2005), poeta brasileiro
ATENÇÃO: na quinta-feira (15) o tyrannus vai publicar o milésimo poema, sem repetição de versos ou poetas.