
O escritor e médico francês Louis-Ferdinand Céline (1894-1961) é reconhecido como um autor que revolucionou o romance, ao introduzir ritmos e sons em suas narrativas, e também usar e abusar de um vocabulário tão vulgar, quanto científico. Durante a segunda guerra mundial, foi um ferrenho anti-semita e essa opção parece tê-lo condenado eternamente ao rótulo maldito. Esse equivocado posicionamento político impediu que galgasse o patamar destinado aos mais conceituados escritores franceses, apesar da inquestionável qualidade da sua produção literária. Sua obra mais aclamada é "Viagem ao fim da noite". Seus textos são marcados por uma lucidez que transita entre o desespero e o humor, a violência e a ternura, desaguando numa revolução estilística. Foi idolatrado pelo líder político soviético Joseph Stalin e pelo escritor estadunidense Henry Miller, entre outros. Pesquisando sobre ele, achei a contundente frase: "genial como escritor, abominável como ser humano"
"Ser médico é uma tarefa ingrata. Quando é pago pelos ricos, corre o risco de ser considerado como um criado, quando é pago pelos pobres, um ladrão"
"Confiar nos homens é já deixar-se matar um pouco"
"Estar sozinho é treinarmo-nos para a morte"
"Quando não se tem imaginação morrer é pouca coisa, quando se tem, morrer é demasiado"
"Se não és rico faz com que pareças sempre útil"
"Tudo se expia, tanto o bem como o mal, cedo ou tarde se pagam. O bem é mais caro, forçosamente"
"Não existe vaidade inteligente"
"A alma é a vaidade e o prazer do corpo são"
"O amor é como o álcool, quanto mais somos fracos e bêbados, mais nos acreditamos fortes e espertos, e convencidos de nossos direitos"
"A experiência é uma lâmpada fraca que só ilumina quem a carrega"
"A verdade é uma agonia sem fim. A verdade deste mundo é a morte. É preciso escolher: morrer ou mentir. E eu nunca me consegui matar"
*Citações reproduzidas do site https://www.pensador.com/