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Sábado, 01 de dezembro de 2012, 22h00 Allen Ginsberg Canção O peso do mundo é o amor. Sob o fardo da solidão, sob o fardo da insatisfação o peso o peso que carregamos é o amor. Quem poderia negá-lo? Em sonhos nos toca o corpo, em pensamentos constrói um milagre, na imaginação aflige-se até tornar-se humano — sai para fora do coração ardendo de pureza — pois o fardo da vida é o amor, mas nós carregamos o peso cansados e assim temos que descansar nos braços do amor finalmente temos que descansar nos braços do amor. Nenhum descanso sem amor, nenhum sono sem sonhos de amor — esteja eu louco ou frio, obcecado por anjos ou por máquinas, o último desejo é o amor — não pode ser amargo não pode ser negado não pode ser contido quando negado: o peso é demasiado — deve dar-se sem nada de volta assim como o pensamento é dado na solidão em toda a excelência do seu excesso. Os corpos quentes brilham juntos na escuridão, a mão se move para o centro da carne, a pele treme na felicidade e a alma sobe feliz até o olho — sim, sim, é isso o que eu queria, eu sempre quis, eu sempre quis voltar ao corpo em que nasci. Allen Ginsberg, poeta estadunidense (1926-1997) |
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Fonte: Tyrannus Melancholicus Visite o website: https://www.tyrannusmelancholicus.com.br/ |