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Sábado, 08 de dezembro de 2012, 20h40 Ovídio Os amores Era intenso o calor, passava do meio dia; Estava eu em minha cama repousando. (...) Eis que vem corina numa túnica ligeira, Os cabelos lhe ocultando o alvo pescoço; Assim entrava na alcova a formosa Semiramis, Dizem, e Laís que amaram tantos homens. Tirei-lhe a túnica, mas sem empenho de vencer: Venceu-a, sem mágoa, a sua traição. Ficou em pé, sem roupa, ali diante de meus olhos. Em seu corpo não havia um só defeito. Que ombros e que braços me foi dado ver, tocar! Os belos seios, que doce comprimi-los! Que ventre mais polido logo abaixo do peito! Que primor de ancas, que juvenil a coxa! Por que pormenorizar? Nada vi não louvável, E lhe estreitei a nudez contra o meu corpo. O resto, quem não sabe? Exaustos, repousamos. Que outros meios-dias me sejam tão prósperos Ovídio, poeta italiano (43 a.C.-17 d.C.) |
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Fonte: Tyrannus Melancholicus Visite o website: https://www.tyrannusmelancholicus.com.br/ |