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Segunda, 24 de dezembro de 2012, 23h00 Gabriela Mistral Coplas A tudo, em minha boca, um sabor de lágrimas se acresce; a meu pão cotidiano, a meu canto e até à minha prece. Eu não tenho outro oficio, depois do silente de amar-te, que este oficio de lágrimas, duro, que tu me deixaste. Olhos apertados de candentes lágrimas! Boca atribulada e convulsa, em que prece tudo se tornava! Tenho um vergonha deste modo covarde de ser! Nem vou em tua busca nem consigo também te esquecer! E há um remoer que me sangra de olhar um céu não visto por teus olhos, de apalpar as rosas sustentadas pela cal de teus ossos! Gabriela Mistral, poeta chilena (1889-1957) |
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Fonte: Tyrannus Melancholicus Visite o website: https://www.tyrannusmelancholicus.com.br/ |