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Atenção sim. Principalmente no que toca à vaidade física. Muitos idosos não conseguem aceitar o envelhecimento do corpo e se prendem à busca desesperada da fonte da eterna juventude.
Infelizmente, o aspecto promovido pelas plásticas e similares está bem longe de conseguir isso. Em alguns casos até essa impossibilidade fica exacerbada. Comportamentos mais moderados em todos os aspectos proporcionariam mais conforto e uma entrega a essa nova realidade. Realidade essa que, apesar da imensa propaganda de juventude eterna feita pela mídia (com finalidades comerciais óbvias), sabe-se que é totalmente falsa.
Observações e sugestões simples seriam de grande valia, dentre as quais destaque para uma alimentação correta e balanceada, ao invés de entrar de imediato num mar de remédios que, além de seus efeitos colaterais perigosos, são sempre menos tolerados nessa faixa etária.
Lembrando sempre que, essencialmente, somos o que comemos e o que pensamos. Vida ao ar livre sempre que possível. Sol da manhã ao menos três vezes por semana, no mínimo por vinte minutos, afim de que seja permitida a absorção da vitamina D, tão importante para a manutenção de uma boa estrutura óssea.
Evitar falar de doenças, pois esse papo, além de a ninguém interessar, é altamente negativo para nós mesmos. Segundo Pavlov - o criador da reflexologia - está comprovado que a palavra pode ter um grande efeito psicológico, e até terapêutico. Frases muito repetidas são absorvidas e registradas por nossa córtex cerebral e podem se tornar verdades absolutas que, quando negativas, fariam os chamados reflexos condicionados patológicos.
Exercícios sempre moderados e prazerosos, de preferência os alongamentos, ao contrário dos exercitados em academias que geralmente levam os seus adeptos às visitas prematuras e constantes aos ortopedistas.
Manter laços afetivos sempre presentes, sejam através de amigos, familiares, animais de estimação e, se possível, para alguns privilegiados, com um/uma companheira de vida.
Lazer quanto mais, melhor.
Reuniões sociais, filmes, peças teatrais, livros, exposições de arte, novos cursos, enfim qualquer tipo de interesse que venha estimular o bom funcionamento dos seus neurônios. Já vai longe a época em que por falta de opções os idosos ficavam alijados de tudo que acontecia à sua volta.
Relações sexuais são sempre bem-vindas, e, se naturais, sem interferência medicamentosa, são uma grande fonte de rejuvenescimento. Para isso há que se buscar relações de conteúdo afetivo, e não meramente atléticas e superficiais.
Viagens - sempre que possível - só trazem benefícios, descentralizando a autoimagem e trazendo a perspectiva do novo, seja no campo afetivo, visual ou das ideias.
Não se esquecer de uma das maiores descobertas da humanidade, o mundo digital. A internet com suas inúmeras possibilidades pode ser por si só, um dos maiores rejuvenescedores de que se tem notícia. Pesquisas futuras vão comprovar isso, uma vez que permite a todos, e especialmente aos idosos mais descolados, esse mundo fascinante que a tecnologia nos oferece.
*Gabriel Novies Neves é médico, blogueiro, eterno magnífico da UFMT e colabora com o Tyrannus Melancholicus