CAMINHO BIOLÓGICO |
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Nesses dois extremos os seres humanos, por estarem mais vulneráveis, ficam sujeitos às pressões e incompreensões, tanto por parte da sociedade quanto por sua própria família.
Nesse longo caminho biológico as etapas vão se sucedendo – infância, puberdade, adolescência e maturidade.
Uma grande parte de pais, mal resolvidos emocionalmente, projetam em seus filhos todas as suas frustrações, não raro tornando-os lesionados para o resto da vida.
Vi aqui em minha cidade várias crianças fantasiadas com uma criatividade assombrosa comemorando o “Dia das Bruxas”, tradição nitidamente norte-americana.
Nada a ver com a nossa cultura, a não ser o ranço colonialista de imitar a “Corte”.
Por outro lado, elas são condicionadas a transformar todos os seus dias em festas ou a preenchê-los com atividades desnecessárias para a sua faixa etária, roubando-lhes assim todo tempo que poderiam dispor para o exercício de suas fantasias.
Infelizmente, como tudo na vida, esse período passa rápido.
As inúmeras mídias contaminam pais e educadores com valores deturpados e, dessa maneira, mais um sem número de infâncias estará comprometido.
Os idosos, no outro extremo, já deram à sociedade tudo que ela lhes exigiu. Como não são mais produtivos, perdem o seu valor como cidadãos, passando a imagem de pessoas descartáveis.
Num país essencialmente de jovens, difícil entender que os idosos podem ser extremamente produtivos, desde que se lhes devolva a sua autoestima.
Sofrem muitas vezes uma marginalização social e suas atitudes são vistas com reservas.
Países que não cuidam das suas crianças e de seus idosos, jamais poderão ser considerados civilizados.
*Gabriel Novis Neves, cada dia mais habituê neste Tyrannus