a estrela*
cavalos partem
da respiração do homem
rumo às estrelas
e a franqueza com que o brilho
aloca-se no passado
desvia o esvaziamento dos pulmões
respirar é ato dos pés
que afundam um milímetro
ao redor do próximo futuro
da estrela
a mão mantém-se
seiva contígua
até perceber-se
senhora do peso
que ocupa
o silêncio
*Reproduzido do jornal Cândido, da Biblioteca Pública do Paraná https://www.bpp.pr.gov.br/Candido/
divulgação

Isabela Romeiro Vannucchi é natural de Dourado (SP) e atualmente vive no Rio de Janeiro. É amante das artes e dos artistas. Já se aventurou pela fotografia, mas a literatura é seu destino inevitável. Já lançou "A Terça Fresta", livro de estreia, e o poema reproduzido aqui é do livro "A cor da gema", obra vencedora do Prêmio Biblioteca Digital, promovido pela BPP e disponível gratuitamente em e-book